O celular de Francine vibrou sobre a mesa de cabeceira, arrancando-a de um sono raso.
Ainda de olhos semicerrados, atendeu no automático.
— Acorda, dorminhoca. Tô indo pra sua casa agora! — avisou Malu, com aquela energia típica de quem já tinha tomado café e espalhado confete no caminho.
Francine piscou algumas vezes, tentando entender o que estava acontecendo.
— Pra cá? Como assim pra cá?
— Ué, você não me chamou para ir? Até me mandou o endereço novo, tenho certeza que não foi pra enfeitar mensagem. Prepara o café que eu chego daqui a pouco.
Ela resmungou, mas acabou rindo.
— Tá, tá... vou preparar.
Alguns minutos mais tarde, o som do interfone ecoou.
Francine abriu a porta ainda de pijama, e Malu entrou como um furacão, mas parou no meio da sala, boquiaberta.
— Que isso, mulher? — exclamou, olhando ao redor. — Você se mudou pro Jardim do Éden e não me avisou?
O apartamento estava tomado por arranjos de flores nas mesas, nas janelas, até na bancada da cozinha.
Francine