Por alguns segundos, Francine acreditou ter ouvido errado.
Os ecos da palavra sogros ainda vibravam dentro da cabeça, mas o corpo reagiu antes que a mente conseguisse processar: o estômago embrulhou, e o café da manhã que ela havia forçado a descer ameaçou voltar.
Ela piscou, tentando organizar os pensamentos.
Seus pais. Ali. Na mesma casa em que ela estava. Com Eleonor sorrindo como se tivesse acabado de promover a união do século.
Dorian pareceu levar alguns segundos para assimilar também.
O olhar dele viajou de Eleonor para Francine e de volta, como se procurasse alguma explicação racional para aquilo.
Mas Eleonor apenas ajeitou a postura, satisfeita com o silêncio que pairava, e foi até a porta com passos tranquilos, o som dos saltos ecoando pelo mármore.
Francine sentiu o coração bater no pescoço quando ouviu o clique da maçaneta.
E então, as vozes.
Inconfundíveis. Familiares o suficiente para fazerem o sangue gelar.
— É um prazer recebê-los! — disse Eleonor, em tom amável. — Ent