216 - Desculpas

Dorian subiu as escadas dois degraus por vez, o coração ainda acelerado.

Abriu a porta do quarto. Vazio.

Por um instante, o pânico lhe atravessou o peito. E se ela tivesse ido embora?

Mas a bolsa dela ainda estava ali, largada sobre a poltrona.

Ele soltou o ar, aliviado, e então ouviu o som distante da água sendo agitada.

Saiu rapidamente do quarto e seguiu até o terraço.

Francine estava sentada na beira da piscina, com a calça puxada até os joelhos e os pés mergulhados.

A luz azulada da água subia e desenhava reflexos suaves pelo rosto dela, uma pintura viva entre a melancolia e o sossego.

Por um momento, Dorian apenas ficou parado, observando.

Era impossível não pensar no contraste: ela ali, tão calma e vulnerável, e ele, com o peito pesado por tudo o que acabara de acontecer.

Era uma das cenas mais bonitas que ele já tinha visto, e ainda assim, doía.

Sem dizer uma palavra, ele começou a desabotoar a camisa.

Largou o celular sobre uma das espreguiçadeiras, tirou os sapatos e, num ge
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