Eleonor abriu um sorriso educado, como se a reação dela fosse... previsível.
— Minha querida, você está interpretando tudo da forma errada. Ninguém está propondo nada aqui. Só estamos discutindo possibilidades — disse, em tom brando, quase maternal. — E, convenhamos, Dorian sempre foi prático.
— Prático? — Francine repetiu, com um riso descrente. — Vocês estão falando de vender o filho de vocês.
Oscar a olhou pela primeira vez naquela noite.
— Jovem, você está sendo dramática. Isso é sobre legado, não sobre romance. — O olhar dele voltou a Dorian. — A Villeneuve Corp sempre foi mais do que uma empresa. É o nome da nossa família. O que você construiu deve ser preservado, e há maneiras inteligentes de garantir isso.
Francine se inclinou levemente para frente.
— E eu suponho que, para garantir isso, o amor seja o primeiro a ser descartado da equação?
Eleonor soltou uma risada delicada, um som quase musical, mas que cortou o ar como vidro.
— Querida, amor é lindo — disse, com doçura falsa