Francine observou aquela mansão tão familiar, e por um instante sentiu o coração bater mais rápido.
O retorno ao Brasil e à casa de Dorian parecia o início de outra vida.
Assim que Francine atravessou o hall, a primeira pessoa a aparecer foi Denise.
Ela caminhava com o mesmo porte firme de sempre, as mãos cruzadas à frente do avental impecável.
Quando enfim viu Francine, um sorriso discreto suavizou as linhas do rosto.
— Então é verdade mesmo — disse ela, abrindo os braços para um abraço contido, mas sincero. — A senhorita voltou.
Francine correspondeu ao abraço, sentindo o aconchego familiar daquele toque.
Havia ali algo que lembrava casa, mesmo que ela não soubesse ao certo onde era o seu lar.
— Desculpa pelo sumiço repentino, Denise — respondeu, a voz baixa, mas firme.
Denise recuou um passo, lançando um olhar direto a Dorian.
— E o senhor — ela começou, com um leve arquejo de repreensão — devia ter trazido essa moça de volta há muito tempo.
Ele ergueu as mãos num gesto de rendição