O banheiro da suíte tinha uma hidromassagem ampla, cercada por um vidro que revelava a cidade ainda adormecida.
A luz fria da madrugada começava a se misturar aos primeiros tons dourados do sol nascente.
O vapor subia da água quente, envolvendo os dois numa névoa tênue, que parecia apartá-los do resto do mundo.
Eles mal haviam dormido.
Não por insônia, mas porque cada momento da noite havia sido um longo reencontro, sem pressa, como quem finalmente baixa a guarda depois de meses de tensão.
Agora, no silêncio da manhã, permaneciam entrelaçados dentro da banheira, respirando devagar, como se o tempo tivesse decidido dar-lhes uma trégua.
Francine, deitada contra o peito de Dorian, demorou alguns instantes antes de abrir os olhos.
O primeiro reflexo que viu foi o do sol rompendo a linha do horizonte.
Depois, encontrou os olhos dele: ainda sombreados de cansaço, mas tomados por uma serenidade e por um desejo tranquilo, quase reverente, que ela jamais vira em outro homem.
Um sorriso nasceu