Dorian acordou cedo naquela manhã. Mais cedo do que de costume.
Tomou banho, vestiu uma camisa branca impecável com as mangas dobradas até o antebraço — como se o casual fosse milimetricamente calculado — e desceu para o café.
A mesa estava posta com a exatidão que ele exigia.
Frutas cortadas simetricamente, café servido na temperatura certa, pães quentinhos... E funcionários atentos.
Três mulheres circulavam discretamente pela sala, cuidando da bandeja de sucos, repondo guardanapos, recolhendo pratos usados.
Ele observava uma por uma.
Cada olhar, cada movimento, cada timidez.
Nenhuma delas sorriu daquele jeito.
Nenhuma era ela.
Na cozinha, Francine espiava discretamente pela fresta da porta, com a cabeça meio torta e o coração aos saltos.
— Tá olhando o quê aí, agente secreta? — Malu sussurrou atrás dela, fazendo Francine dar um pulo.
— Ele tá olhando pra todo mundo, Malu. O homem virou um scanner humano.
— E você surtando desse jeito vai acabar entregando o