Dorian entrou em sua sala com passos longos, firmes e impacientes.
Jogou o paletó na cadeira, afrouxou os botões da camisa no colarinho e ligou o computador como se estivesse dando uma ordem de guerra.
O site da antiga agência de modelos abriu rápido.
Ele vasculhou sessões, nomes, arquivos de castings antigos — tudo com a precisão de um investigador. E com o humor de um homem que teve o dia atrapalhado.
Nada.
A conta do Instagram profissional também não trazia novos rastros.
A única certeza era o vazio. E o nome falso. "Francy Moreau" não era um nome real. Era artístico.
Enter.
Nada.
Delete.
Clique.
Nada de novo.
Cassio bateu duas vezes na porta de vidro e entrou com uma pasta em mãos.
— Vim trazer o relatório da expansão no setor internacional… — ele interrompeu a frase, arqueando uma sobrancelha. — Tá tudo bem com você?
Dorian não respondeu de imediato. Só continuou encarando a tela como se ela fosse responsável por um crime pessoal.
Cassio puxou uma cadeira e se sentou na frente d