Francine acordou com um peso no peito. O visor do celular brilhava em vermelho: saldo quase zerado.
Ela suspirou fundo, empurrou o lençol e encarou o teto do quarto do hotel como se ele pudesse oferecer uma solução milagrosa.
Nada.
— Café da manhã primeiro, drama depois — murmurou para si mesma, descendo até o saguão.
Engoliu rápido um croissant murcho e um café forte demais.
Quando saiu à rua, o frio da manhã parisiense a atingiu como um choque de realidade.
Ela fechou o casaco e respirou fundo.
— Vamos lá, Francine. Hoje você vira adulta de verdade.
Com a cara e a coragem, começou a entrar em lojinhas, padarias e cafeterias.
Um sorriso aqui, um “bonjour” mal pronunciado ali, sempre seguida de um “não, já estamos completos” ou de olhares que nem se davam ao trabalho de responder.
Horas se passaram. O estômago roncava alto, implorando por misericórdia.
Foi então que ela avistou uma cafeteria aconchegante na esquina. As mesinhas na calçada estavam ocupadas, clien