Dean Davenport
Minha mente oscilava entre a conversa com Harlow e o que Julia disse. Não conseguia acreditar na infeliz, embora fosse exatamente isso que a porra da minha cabeça tentasse me convencer segundo por segundo contato em um relógio.
Droga, não bastava o desejo, agora teria que lidar com isso.
Ela estava jogando, claro. Usando todas as cartas depois de ter sido pega, e merda, eu a deixaria jogar ainda que ela não soubesse que essa merda seria dupla. Porque, no instante em que Julia me usasse, eu o faria com ela.
Precisava de qualquer recurso para esquecer a infeliz.
Precisava que ela acreditasse que caí no seu jogo como um idiota.
E quando a hora chegasse, eu a deixaria ir. Porque, droga, eu sabia que ela acabaria por implorar para ficar, dizendo-me o quanto havia se apaixonado pela criança que rejeitou no passado, sem uma única chance para que eu me explicasse, para que pedisse perdão.
Porra, ela não sabia o quanto eu havia sofrido com ela. Julia era a minha luz na escuridã