Tijuana México. (19h) PM.
— O dinheiro que lhe dou não é suficiente? Por que não avisou ao Escobar sobre isso?
Levantou-se da sua cadeira, abriu a porta e fez uma checagem rápida, verificou o corredor para ter certeza de que ninguém estava nos ouvindo.
— Eu não tenho culpa.
Sussurrou após trancar a porta e voltou ao seu assento.
— Sente-se.
Fiz o que me pediu enquanto esperava uma boa explicação do delegado Martínez.
— Não teve culpa? Sabe que isso pode mudar muita coisa, não é?
— Eu não estava por dentro de nada, você sabe que o FBI é bem rígido quando se trata do sigilo das missões. Segundo as informações que recebi hoje.
Cruzou os braços, os apoiando sobre a mesa que dividia o espaço entre nós e continuou.
— O consulado entrou num acordo com o FBI e, agora, eles têm o aval para imergir em todo o México, contra os tráficos.
— ¡Chuspa! Isso não pode estar a acontecer, merda!
Levanto-me tomado pelo ódio, ando de um lado para o outro.
Mesmo que isso não impeça que a minha carga chegue