Alguns dias se passaram. Nada aconteceu, e isso só fez meu sexto sentido gritar ainda mais alto. Algo estava errado. Eu sabia que nenhum dos lados — nem os lobisomens, nem aquela vampira — havia desistido. O silêncio era ensurdecedor, e a calmaria antes da tempestade sempre foi o sinal mais perigoso.
Eu precisava fazer algo. Não podia simplesmente assistir enquanto Alaíde e Mathias enfrentavam tudo sozinhos. Mesmo sendo somente uma humana, eu sentia que faltava alguma coisa, uma peça importante que eu estava deixando passar.
Era uma sensação incômoda, como se estivesse prestes a descobrir algo importante, mas ainda sem conseguir enxergar claramente o que era. No trabalho, me mantinha constantemente em alerta. Durante meus plantões, apesar de Mathias dizer que eu trabalhasse tranquilamente, a inquietação só aumentava.
Às vezes, enquanto verificava os prontuários ou administrava medicamentos, uma sensação estranha me invadia. Como se estivesse sendo observada. O arrepio subia pela minha