Assim que adentramos a garagem, um suspiro de alívio preencheu o automóvel. O meu suspiro. Nem eu sabia que estava prendendo a respiração dessa forma. O motor ainda vibrava suavemente sob as mãos de Mathias, mas a tensão que nos envolvia começou a se dissipar.
Alaíde encostou a cabeça no banco por um instante, fechando os olhos antes de soltar um riso baixo.
— Bem, pelo menos chegamos inteiros. — Murmurou, abrindo a porta e saindo rapidamente.
Mathias afrouxou finalmente a pegada no volante, soltando um suspiro pesado. Seus ombros relaxaram um pouco, mas os olhos ainda analisavam os retrovisores, como se quisessem se certificar de que ninguém nos seguiu.
— Acho que batemos um recorde hoje. — Comentou, sua voz carregada de adrenalina e alívio.
Eu assenti, mas só então percebi que minhas mãos ainda estavam fechadas segurando o banco do veículo. Meu corpo tremia sutilmente, a adrenalina ainda percorrendo minhas veias.
— Você está bem? — Mathias perguntou, me lançando um olhar atento. Res