MATHIAS
Eu sabia o quanto Maya estava cansada. Tudo havia sido muito estressante para ela, e, em algum momento, a mente precisava ser desligada. Assim que percebi que ela havia adormecido, permaneci ali por mais um tempo, deitado ao seu lado, somente a admirando.
Seu rosto relaxado, a respiração suave e ritmada, tudo nela me transmitia paz. Toquei suavemente uma mecha de seu cabelo, sentindo sua maciez entre meus dedos. Mas minha mente estava inquieta. Então, decidi me levantar e fui até a sala.
Alaíde estava ali, sentada e imóvel, parecendo perdida em seus próprios pensamentos. O silêncio entre nós era quase palpável. Talvez falar de Catarine com Maya tenha despertado nela algumas memórias antigas também.
Minutos antes, já havíamos trocado palavras duras porque ela havia revelado mais do que devia. Catarine era um assunto particular meu, um que eu havia enterrado há tempos. Não queria trazer aquele assunto à tona novamente.
Desde sua morte, nunca parei para refletir sobre meus sentim