MATHIAS
Quando deixei aquele banheiro, determinado a conversar com Maya sobre o que me atormentava, não a encontrei no quarto. Voltei a encarar aquele colchão e um arrepio percorreu meu corpo. Nunca me perdoaria se eu tivesse a machucado durante nosso momento íntimo.
Durante toda minha existência vampírica, nunca havia experimentado algo tão avassalador. Nunca perdi o controle de mim daquela maneira. Sempre fui meticuloso, sempre dominei meus instintos, mas com Maya… Maya era diferente.
A lembrança do toque dela, da forma como nossos corpos se uniram, fez meu peito apertar. E por um mísero momento senti medo. Medo do que poderia ter causado a ela. Não tinha certeza se me permitiria ir tão longe novamente, e esse pensamento me corroía por dentro.
Saí do quarto determinado a conversar com ela. Sabia que havia acabado com nosso momento ao me comportar como um idiota obcecado por sua segurança. Mas, ao olhar para aquele colchão, um medo me consumiu.
Eu não podia perdê-la. Não conseguiria