— Não... Athos, por favor...
— Aurora, olha… — Voz mansa, feição exausta e olhos temendo muita coisa. — Infelizmente não posso fazer nada, eles ordenaram seu afastamento e como policial eu tenho que acatar. Desculpe.
Convenci-me que o caminho não era permanecer, nada que falasse ou fizesse os convenceria da minha inocência, pelo contrário, só agravaria a situação. Dei as costas disposta a seguir, mas o ardiloso almejava por mais.
— Como não saquei assim que pus os olhos em você, que tipo de pessoa era, estagiária? Não entendo como meu irmão caiu num golpe tão manjado — articulou venenoso, amargo, ácido. Voltei e o encontrei aguardando a retórica que previu ser no mesmo tom ácido. Teria feito, mas me peguei tentando compreender o porquê do ódio. Desde o primeiro momento Nicholas demonstrou recusa, não entendia. A exaustão tomou meu corpo e não aguentava mais tantos golpes.
— Não está rolando uma investigação? Minha inocência será provada.
— Esperamo