— Um café bem forte, por favor — fiz o pedido e a garçonete anotou no bloquinho.
— Senhorita, temos uma torta de frango deliciosa, deseja experimentar? — A mulher sugeriu educada, mas Aurora negou com uma careta enojada.
— Está enjoada por conta da viagem? — perguntei, ela porém, virou o copo com água à sua frente. Pelo visto estava com muita sede. — Tudo bem?
— Sim — respondeu para mim, dispensando a moça em seguida.
— Estou sem fome, só isso. — Pigarreou.
Aurora estava nervosa, reconheci os sinais. Mãos inquietas, olhos fugindo dos meus toda vez que tentava invadi-los e dentes pressionados movendo ambos os lados do seu maxilar.
— Sua mãe, como está?
— Ela vai ficar bem, conversei com o médico, apesar do princípio de enfarto ter sido muito preocupante, se ela seguir tudo direitinho vai ficar bem — contou aliviada, como se um peso lhe fosse tirado das costas.
Resgatei sua mão, muito gelada por sinal.
— Se preferir podemos transferi-la para outro hospital, um com mais recursos e…
— Não