Um toque, outro e mais um.
Vibrava o celular junto ao meu peito. Não pretendia falar com ninguém, muito menos com ele, era insuportável respirar. As lágrimas rolavam sem intervalo, esse era o motivo dos soluços ecoarem como trovões no apartamento, gritei algumas vezes enquanto lia pela milésima vez o exame, aquele que tinha um positivo, incompreensível, rabiscado como um… sei lá.
O dom de raciocinar, não mais me pertencia. MEU. DEUS!
Estava grávida.
GRÁVIDA!
Quando isso aconteceu?
Quando permiti que isso acontecesse no meio de um caos? Descartei o celular no mármore da pia e liguei chuveiro.
— Nãooooooooooooooooooooooooo — gritei, chocando a voz contra o vapor que nublava o espaço, enquanto a água quente jorrava acima da minha cabeça. Depois com falta de estabilidad