A primeira coisa que senti foi o lençol amassado sob meu corpo.
A segunda foi o cheiro dele ainda impregnado no meu travesseiro.
A terceira... foi a ausência.
Abri os olhos devagar, tentando me localizar entre sonho e realidade. A luz suave da manhã invadia o quarto pelas frestas da cortina, e por um instante eu pensei que ele ainda estivesse ali. Mas não.
O espaço ao meu lado estava vazio. Frio.
Como se nada tivesse acontecido.
Como se eu tivesse sonhado a noite mais intensa da minha vida.
Me enrolei no lençol, sentindo o corpo dolorido, marcado... vivo. Cada parte minha ainda pulsava por ele. A lembrança da sua boca, das mãos, do jeito como sussurrou meu nome como se fosse pecado. Era real. Tão real que ainda doía. E mesmo assim... ele se foi.
Sentei na beira da cama, abraçando os joelhos, tentando entender por que aquela ausência me incomodava tanto. Eu não queria criar expectativas. Não era esse o plano. Mas alguma coisa nele — no olhar, no toque, no silêncio — me fazia que