Ethan desceu do carro, alisou o terno e deixou no rosto uma máscara impassível. Seus sentidos de lobo, tensionados ao limite, já percebiam algo de dissonante na atmosfera que envolvia a mansão.

Pensou que, embora desejasse me consolar, precisava também fazer-me compreender a gravidade das minhas ações, pois seus instintos de Alfa exigiam a imposição de limites.

— Serei gentil, porém firme. — Murmurou para si. — Ela precisa aprender qual é o seu lugar.

Assim, no futuro, eu não simplesmente tomaria nossa filha nos braços e fugiria por impulso. Nenhuma companheira de um Alfa devia gozar de tamanha liberdade, concluía ele, ignorando a voz interna que lembrava que eu não era uma companheira qualquer — eu era herdeira da Alcateia da Meia-Lua Prateada.

Empurrou a porta, preparado para me acolher nos braços, o peito inflando de leve enquanto ensaiava mentalmente o discurso magnânimo que proferiria quando eu, inevitavelmente, lhe pedisse desculpas.

Contudo, quem lhe apareceu diante dos olhos fo