Arrependimento do Alfa Após Escolher Sua Cunhada
Arrependimento do Alfa Após Escolher Sua Cunhada
Por: Alyssa J
Capítulo 1
Quando o irmão de meu companheiro Ethan, Alfa da Alcateia da Lua Sombria, faleceu na guerra territorial, meu companheiro herdou tudo o que lhe pertencia — inclusive a cunhada viúva, Victoria.

Nos seis meses seguintes, ele se dirigia todas as noites à alcova de Victoria, assegurando que, assim que ela gerasse um herdeiro, me declararia Luna legítima da alcateia.

Na cerimônia de acasalamento deles, disquei um número para o qual não ligava havia cinco anos:

— Mãe, já tenho uma herdeira. Estou pronta para voltar para casa e reivindicar o posto de Alfa.

……

Depois de acomodar minha filha na cama, alcancei o celular para garantir as passagens de volta ao território da Meia-Lua Prateada.

Infelizmente, nossa alcateia tinha prosperado sob a liderança de minha mãe, e incontáveis lobos desejavam conhecer nossas terras.

O voo mais próximo disponível partiria apenas dali a cinco dias.

Olhei fixamente a data impressa na passagem, momentaneamente atônita.

Dia dos Namorados. Também o quinto aniversário da marca que Ethan deixara em mim.

Parecia uma ironia cósmica do destino.

Forcei um sorriso amargo.

Soava adequado: o que se iniciara nesse dia deveria encerrar-se nesse mesmo dia.

Um intenso perfume de flores-da-lua me envolveu por trás quando a voz suave de Ethan soou acima de mim:

— O que você está olhando?

Instintivamente, desliguei a tela do celular.

— Só umas notícias.

Em apenas meio ano, o aroma de flores-da-lua de Victoria quase se impregnara em Ethan.

Minha loba não suportava um cheiro tão provocante. Empurrei-o com desagrado.

— Vai tomar banho antes de falar comigo.

Ethan aspirou o próprio odor e me soltou, constrangido.

— Vou fazer isso agora mesmo...

— Andei te negligenciando ultimamente, e a culpa é minha. Não vou à casa da Vivi nos próximos dias.

Vivi. Um apelido tão íntimo.

Antes, ao menos ele mantinha as aparências, chamando-a de Luna Victoria em público e em particular.

Agora, nem se dava ao trabalho de usar o título dela.

Quem não soubesse pensaria que Victoria fosse a verdadeira companheira de Ethan.

A porta do banheiro se abriu de supetão, e Ethan surgiu enrolado apenas numa toalha, o corpo ainda húmido.

Ombros largos, cintura fina, porte altivo — exibia uma energia jovial rara em homens da sua idade.

Por um instante, enxerguei-o como há cinco anos, coberto de orvalho noturno, escalando a minha janela, tão confiante, como se quisesse proclamar ao mundo inteiro:

— Autumn, a partir de hoje, você é minha.

— Pro resto da vida, somos só você e eu, juntos para sempre.

Quando percebeu que eu o observava, perdida em lembranças, ele abriu um sorriso largo e me puxou para seus braços.

— Autumn, hoje eu sou todo seu. Não vou a lugar nenhum.

O frescor cítrico misturado ao perfume de flores-da-lua criava um aroma estranho, terrivelmente desagradável.

Baixei o olhar, tomada de melancolia.

O homem diante de mim já não era mais o mesmo de antes.

Uma batida na porta interrompeu meus pensamentos.

— Jovem Alfa, Luna Victoria não está se sentindo bem. Ela está pedindo por você!

A irritação de Ethan transformou-se instantaneamente em preocupação. Ele se vestiu às pressas e correu até a porta.

— O que ela tem? Já chamaram o médico da alcateia?

Depois de alguns passos, percebeu algo errado.

Virou-se, o olhar carregado de desculpas, encontrando-me recostada ao batente.

— Victoria não está bem, preciso ver o que é. Com meu irmão fora, ela só tem a mim.

— Já volto, Autumn. Você sempre foi tão compreensiva.

Compreensiva. Essa palavra.

Eu a engoli durante seis meses, em incontáveis noites escuras.

Na Meia-Lua Prateada, as lobas eram reverenciadas. Depois que dei à luz minha filha, minha mãe insistia para que eu retornasse e assumisse diretamente o posto de Alfa.

Mas eu não quis abandonar Ethan, e continuei recusando-me a voltar para herdar a Meia-Lua Prateada.

— Ethan. — Murmurei.

Ele franziu o cenho, prestes a me confortar, mas as palavras morreram-lhe nos lábios quando sentiu um peso sobre os ombros.

Lancei um casaco pesado.

— A noite está fria. Você deveria vestir isso.

Ethan segurou o casaco, o olhar indecifrável.

— Autumn, você...

A porta do quarto de hóspedes se fechou com um estalo.

Mais cinco dias, Ethan. Eu não vou mais esperar por você.
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