Ava Narrando
O voo foi tranquilo e longo, exatamente como o Théo tinha previsto. O jatinho era espaçoso, silencioso e tinha tudo que alguém poderia querer pra relaxar, ou pra aproveitar o tempo de outro jeito.
Assim que o avião estabilizou, ele puxou a divisória da cabine pra garantir privacidade. Sentou-se ao meu lado, tirou o paletó, afrouxou a gravata e me lançou aquele olhar direto, cheio de intenção. Não precisou dizer nada. Eu já sabia o que ele queria.
— Vai fingir que não entendeu ou vai colaborar? — ele disse, com aquela voz baixa e firme.
— Achei que você ia querer descansar — retruquei, tirando os sapatos.
— Descanso depois.
A gente se encaixou entre os cobertores. Foi direto, intenso e rápido. Sem beijos demorados, sem promessas, sem romantismo. Ele sabe exatamente o que faz, onde tocar, como controlar o ritmo. E eu? Eu sei como responder. Não era amor, nem carinho. Era tesão. Puro e simples.
Depois, cada um dormiu no seu canto. Ele colocou uma máscara nos olhos e se reco