Théo Narrando
Voltar do México me trouxe uma sensação de dever cumprido e, ao mesmo tempo, de início de um novo ciclo. Assim que coloquei os pés de volta em casa, tratei logo do que precisava ser feito. Não deixo nada solto, não deixo nada sem dono. Cancún ficou para trás pra Ava, mas não de qualquer forma. Coloquei pessoas de minha confiança para cuidarem da loja de tecidos que recuperei para Ava, e também organizei que a casa fosse administrada por uma imobiliária. Resolvido. Não gosto de amarras, gosto de certezas. Quando decido algo, está feito.
Ava não percebeu ainda o peso de tudo isso. Prefiro assim. Ela anda sensível demais nos últimos dias. Está sempre chorando por qualquer coisa, e confesso que às vezes fico preocupado. Ela me deixa louco, de verdade. Tento entender que seja a ansiedade do casamento, essa contagem regressiva que parece deixá-la à flor da pele. Eu olho para ela e vejo que o amor dela por mim é real, mas ao mesmo tempo, sinto que algo a corrói por dentro. Mul