O jantar prosseguiu com risadas e histórias sobre o sítio, sobre os turistas, as trilhas e sobre o café premiado que agora todos queriam provar. Mariana, após o olhar de advertência de Fernando, manteve-se calada, embora o sorriso falso ainda repousasse em seus lábios.
Em determinado momento, Francisco ergueu a taça e disse:
— Que este casamento seja feliz e proporcione a união das famílias.
Fernando ergueu a taça.
— À união.
Natália, com a mão trêmula, repetiu o gesto.
— À união… — murmurou, sentindo o gosto amargo do vinho na boca e a dúvida crescendo dentro do peito.
Um silêncio breve se fez, até que ela arriscou, quase num tom casual:
— E Carlos? — perguntou, tentando soar neutra. — Faz alguns dias que não o vejo. Ele ainda está na cidade?
Fernando parou por um instante antes de responder. O olhar dele, até então gentil, endureceu por um segundo, imperceptível para a maioria, mas não para ela.
— Sim — respondeu, retomando o tom leve. — Está resolvendo alguns assuntos para mim. Dev