Levaram-na até a baia, onde o animal de pelagem branca e olhos expressivos aguardava. Natália aproximou-se devagar, estendendo a mão. A égua bufou suavemente, inclinando a cabeça, como se aceitasse o gesto.
Ela sorriu, surpresa com a conexão imediata.
— Parece que ela gosta de mim.
— Isso é bom. — respondeu Carlos, observando com ar satisfeito. — Tem muito tempo que não monta?
Enquanto conversavam, Paula surgiu montada em um garboso cavalo baio, a silhueta recortada contra a luz forte do sol. Conduzia o animal com a graça de quem nasceu sobre a sela, os cabelos soltos esvoaçando ao vento. Aproximou-se com passos firmes e elegantes, desmontando em um só movimento fluido. Jogou as rédeas para um peão e caminhou até eles.
Ela sorriu ao vê-los, mas o sorriso não parecia ser espontâneo, mas sim superioridade.
— Ora, que surpresa. — disse, os olhos claros faiscando enquanto pousavam em Natália. — Já decidiu explorar o haras? E onde está Fernando?
A menção ao nome dele não passou despercebi