O primeiro trote foi tímido. Natália segurou firme, sentindo cada movimento do animal, cada balanço do corpo, a sensação de liberdade crescendo dentro dela. O vento batia em seu rosto, trazendo o cheiro da terra úmida, do feno e do capim trazendo lembranças de sua infância e adolescência no interior do Espírito Santo.
Ao longe, pastos intermináveis se estendiam sob o céu azul, e Natália pôde ver os bois pastando, os cavalos nos piquetes e a vila da fazenda quase sumindo no horizonte. Cada detalhe reforçava a grandiosidade daquele lugar.
Carlos manteve-se ao lado dela, em silêncio, mas atento a cada gesto. O som ritmado dos cascos contra o solo misturava-se à brisa suave, criando uma cadência quase hipnotizante.
— É incrível... — murmurou Natália, já adapta ao movimento do cavalo.
— É a vida daqui. — respondeu Carlos, lançando um olhar rápido ao horizonte, onde Paula desaparecia entre os piquetes mais distantes, como se ainda estivesse observando. — Cada passo revela um pouco mais. Ma