O silêncio que se seguiu foi denso, sufocante. O ar parecia mais pesado. Ela ergueu os olhos devagar e o viu de costas, parado diante da janela, fitando a paisagem lá fora como se precisasse controlar um impulso violento.
— Muito bem. — A resposta saiu baixa, quase um sussurro, mas carregada de algo que Natália não conseguiu captar.
Fernando abriu uma gaveta da mesa e retirou uma pequena caixa e dela tirou um anel. Com passos firmes e olhar penetrante foi até ela.
— Me dê sua mão. — ordenou ele.
— O quê? — Ela o olhou confusa.
— Você é minha noiva e precisa de um anel de noivado.
Sem esperar, ele pegou a mão direita dela e colocou um anel incrustado de diamantes, no centro havia uma pedra, a maior que já vira.
— Este anel pertencia a minha mãe.
Ao dizer isso um brilho de emoção passou pelos olhos de Fernando, pela primeira vez ela viu algo que parecia ternura.
— Fernando, ele é lindo. — Disse ela encarando com os olhos arregalados o anel em seu dedo. — Mas não posso aceitar algo tã