Assim que Mariana saiu da casa em direção aos estábulos, Natália correu para o quarto e começou a trocar de roupa às pressas. O coração batia acelerado, não por medo, mas por uma súbita determinação.
No dia anterior, ela ouvira por acaso uma conversa entre dona Catarina e Mariana: Fernando só voltaria no dia seguinte. Aquela era a oportunidade perfeita. Precisava encontrar Mariana e Jorge, conversar com eles, talvez ajudar a resolver aquele amor proibido antes que fosse tarde demais.
Quando chegou ao estábulo, Januário estava terminando de escovar um dos cavalos.
— Januário, por favor, sele a Aurora pra mim. — pediu, tentando soar natural.
O peão levantou a cabeça, franzindo o cenho.
— Sozinha, dona Natália? Não acho boa ideia… andam dizendo que tem uns foragidos rondando pelos campos. É perigoso.
Natália sorriu, tentando disfarçar a pressa.
— Não se preocupe, Januário. Vou encontrar o Carlos na lida do gado.
Ele coçou a cabeça, desconfiado.
— Olha, dona Natália, se o patrão soube