A presença de Fernando preencheu o ambiente como uma tempestade prestes a desabar. A porta bateu atrás dele e, por um instante, o silêncio foi sufocante. Natália deu um passo para trás, o coração acelerado.
— Fernando… — balbuciou, a voz trêmula. — Pensei que voltaria só amanhã.
Ele avançou um passo, o olhar sombrio e injetado de raiva.
— E perder o espetáculo? — retrucou com ironia cortante. — Me disseram que você tinha vindo se encontrar com alguém... e, pelo visto, não mentiram.
Natália empalideceu.
— Isso é um absurdo! Quem lhe disse uma coisa dessas?
— Mariana. — respondeu seco, os punhos cerrados com força que faziam suas veias saltarem.
Ela arregalou os olhos, incrédula.
— Mariana? Mas isso não faz sentido!
Fernando riu, um som curto e amargo, a voz cada vez mais áspera.
— Ela parecia até preocupada. Engraçado, não?
Enquanto falava, foi se aproximando com passos lentos. Natália recuava, sentindo o chão sumir sob os pés.
— Está surpresa em me ver aqui? — perguntou, com voz baix