Nora Bellini Demir
— Querida? — ouço o sussurro suave — Acorda, princesa!
Solto um resmungo e sinto as mãos mexendo no meu cabelo, os acariciando suavemente. Com muita força de vontade abro meus olhos, olho para a janela e vejo tudo escuro lá fora.
— Oh, Dio santo, por quanto tempo dormi?
Ergo minha cabeça e encontro o par de olhos escuros me encarando com o sorriso mais lindo do mundo. Por que quando esse homem sorri parece que meu mundo todo vai desabar?
Tenho a impressão de que ele até consegue derreter qualquer gelo.
Distancio-me de seu peito — totalmente contra a minha vontade, pois, se eu pudesse, ficaria ali para sempre — e retribuo o sorriso com um sorriso preguiçoso, ainda bastante sonolenta.
— Já chegamos?
— Sim, em vinte minutos vamos pousar — me informa, passando a mão no meu rosto.
A viagem havia durado um bom tempo, eu e Erol dormimos, acordamos, fizemos um lanche, conversamos e nos beijamos muito durante esse tempo. Nossa relação havia dado um passo maravilhoso. Estamos