Clarice Martins

— Tenho… — doeu o coração por imaginar que, no dia seguinte, eu iria me afastar pela primeira vez de Eros.

— Meu trabalho tem data de retorno para amanhã… e eu não sei o que fazer com Aziel… — já tinha pensado em babá, mas eu não confiava em todo mundo, principalmente em estranhos.

— Quer que eu diga que conheço alguém ou me prontifiquei? — fiquei surpresa. O analisei por um momento.

Tivemos aquela conversa enquanto eu tentava dar sopa o máximo possível para Aziel.

— Bem… eu não pediria algo assim a você.

— Não é porque eu viva sozinho que não saiba cuidar de ninguém. — se defendeu, como se tivesse sido acusado injustamente.

— Não é isso… eu vejo como cuida dele aqui. Quando parece estar brincando com ele, mas na verdade está cuidando. Já o vi trocar fraldas dele quando eu não estava por perto.

Ele sorriu pequeno. Ele cuidava muito bem do meu filho.

— Olha, Clarice! — a forma como ele chamava meu nome ainda me assombrava um pouco; era muito íntima.

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