Até que ponto você superaria uma grande tragédia? Se essa tragédia mudar completamente sua vida? A vida de Elena Marin era normal para uma garota de catorze anos, até ser obrigada a crescer sozinha, se virar com seu irmão mais velho para cuidar da pequena Emily. Quatro anos depois ainda com traumas dessa época, Elena está pronta para começar uma nova fase. Seu sonho de ser uma estilista de sucesso ainda está de pé e com ajuda de seus amigos, gradualmente as coisas parecerão mais simples e melhores. Vai conhecer Thomas Miller, o cantor que vai balançar seu coração. Novas experiências, amigos, viagens e um grande amor. Espero que seja o certo.
Leer másPOV Elena
Os raios de sol entrando pela minha janela me fazem acordar com falta de paciência, quem deixou a porcaria da cortina aberta? Levanto estressada e vou até meu banheiro, escovo os dentes e faço minhas necessidades. Agradeço mentalmente por ser domingo, são quase meio dia e meu cansaço da noite passada ainda não acabou. Sorrio lembrando da festa de quinze anos da minha amiga Sophia. Mal posso esperar pela minha.
Vou descendo as escadas calmamente até meu irmão me beliscar e sair correndo.
— Eu vou te matar, Eric! — Corro atrás dele, mas o chato é bem mais rápido que eu.
— Você nem me alcança, Elena, parece um pinscher — cruzo os braços com raiva do que ele está falando e ele começa a rir.
— Gente, parem de correr, por favor — nosso pai pede e obedecemos, sentamos na bancada da cozinha onde nossa mãe está dando comida pra nossa irmãzinha Emily, ela completou dois anos.
Parece um dia normal como qualquer domingo em família, eu só não esperava que minha vida mudaria totalmente a partir daí.
— Mãe, deixa eu ir com você — peço olhando pra ela pela janela do carro.
— Filha, só preciso comprar algumas coisas no supermercado, vai ser rápido, ajuda seu pai com a Emily, ele não tem o menor jeito com ela — minha mãe passa o polegar na minha bochecha e sorrio. — Eu te amo, Elena, sabe que eu não seria nada sem você!
— Também te amo, mamãe — digo dando um beijo na sua mão. Escutamos o choro da Emily vindo de dentro de casa. — Tá, eu vou ver o que estar acontecendo, tchau mãe! — Aceno e ela acelera o carro.
Coloquei a Emily pra dormir e fiquei na sala mexendo no meu celular ainda de pijama, eu estava bem até o Eric aparecer de novo pra me perturbar.
— Eric, sai daqui, não estou com paciência pra você hoje — falo vendo ele se preparando pra me dar um susto com uma maldita aranha de brinquedo, esse cara nem parece que já tem dezenove anos, por isso que dizem que meninas evoluem muito mais rápido.
— Chata você, em... — ele reclama se jogando do outro lado do sofá.
O telefone fixo toca e ficamos discutindo quem iria atender, até que meu pai chega, atende mandando a gente ficar em silêncio.
— Sim, é o Derek Marin — ele fala e ficamos atentos. — Como assim? Como isso aconteceu? Quem teve culpa disso? — Ele começa a alterar a voz, fico assustada e meu irmão se aproxima de mim. — Onde? — Praticamente grita.
Ele solta o telefone, vira pra gente e percebe como estamos.
— Pai, o que aconteceu? — O Eric toma a iniciativa de perguntar.
— Vistam uma roupa, peguem a irmã de vocês e vamos para o hospital, a mãe de vocês sofreu um acidente muito grave, o carro caiu em um barranco por causa da pista escorregadia da chuva — eu já estou entrando em desespero, meu irmão segura minha mão e me abraça forte. — Parece que o carro pegou fogo.
Eu comecei a chorar desesperadamente, meu pai subiu as escadas e foi pegar as coisas necessárias para irmos para o hospital, isso não pode estar acontecendo.
— Eu estou com medo, muito medo — meu irmão me abraça ainda mais forte.
— Calma, nossa mãe é forte, ela vai passar por isso. Vem, temos que se arrumar — ele segura minha mão até chegar no meu quarto.
Em pouco tempo já estamos no carro, ainda bem que a Emily não acordou, seria ainda pior ela vendo isso tudo. Meu pai está abalado, meu irmão não olha pra gente e eu só fico vendo minha irmãzinha dormir tranquilamente.
Chegamos ao hospital e já têm médicos do lado de fora nos esperando, fico com a Emily dentro do carro com a porta aberta vendo meu pai e o Eric irem falar com os médicos.
— NÃO! — Escuto meu pai gritar e começar a andar de um lado pro ouro, meu irmão se escora na parede, baixa a cabeça e começa a chorar. — Vocês deveriam ter feito mais por ela, como deixaram minha mulher morrer?
Morrer. Ele falou morrer. Minha respiração começa a ficar irregular, fica mais ainda quando vejo os médicos tentando acalmar meu pai, mas ele se recusa receber ajuda. Minha mãe, minha mãezinha, ela não pode ter morrido.
— Não, não, não... — fico repetindo pra mim mesma, tento levantar do carro, mas minhas pernas estão trêmulas e não obedecem meus comandos. — Por favor, alguém diz que isso é um engano — falo e sai mais baixo do que eu queria. Levanto e só consigo dar dois passos, caio de joelho no chão quando vejo a cara do meu irmão me olhando, ele corre até mim, se abaixa ao meu lado e me abraça — Não, Eric... Não!
— Calma — ele diz me abraçando e desabo, eu começo a chorar compulsivamente, isso não deveria ter acontecido, não pode ser.
— Eric, por favor, não... — estou soluçando e ele também, me abraça mais forte e coloco minha cabeça apoiada em seu peito.
Aos poucos percebo que nosso pai está se distanciando, ele vai saindo da parte externa do hospital, e ficamos sem entender nada.
Uma médica veio até nós dois e começou a tentar nos acalmar, mas por que meu pai saiu? Precisamos dele!
E foi essa a última vez que o vi, saindo desesperado do hospital após saber da morte da nossa mãe e foi horrível. A partir dali ela seria outra, eu conheceria uma vida que jamais achei que fosse ter, todas as minhas prioridades mudaram, meus interesses, tudo que eu pensava.
Agora só existe nós três
ALGUNS ANOS DEPOISMinha pequena Emily, nesse dia tão especial, em que você completa seus 15 anos eu não sei bem o que te dizer, então prefiro escrever.Você nasceu uma bebê linda, cresceu tanto que está maior do que eu, o que não é tão difícil, com meus 1,55. Meu sonho de ter uma irmãzinha se realizou e prometi para mim mesma que nunca te deixaria só, nunca te abandonaria e sempre cuidaria de você. Eu só não sabia que tudo isso teria que ser levado tão ao pé da letra. Dois anos após seu nascimento uma tragédia mudou nossas vidas completamente, nossa mãe se foi, infelizmente você nem lembra mais dela, e nosso pai nos deixou. Nossa mãe, a Angelina Marin, era uma mulher incrível, era boa para todas as pessoas e uma mãe perfeita, mas acho que Deus tem seus planos e o dele era levar e
"A pior coisa que você já fez, o pensamento mais sombrio que você já teve, eu ficarei do seu lado até o fim de qualquer coisa".Blair Waldorf — GossipGirlALGUNS MESES DEPOISPOV ElenaEu nunca fui daquelas garotas que sonhavam com o dia do casamento desde os dez anos de idade, na verdade eu nem sabia que era isso que eu queria pra minha vida. Com todos os problemas que aconteceram comigo, digamos que nem tempo para pensar nisso eu tinha, mas as coisas mudaram e há um tempo atrás eu comecei a pensar um pouco mais em mim, na minha felicidade e meu bem-estar.A minha viagem para Nova Iorque com o Thomas foi perfeita, principalmente a parte em que ele me pediu em casamento, aquele com certeza foi um dos melhores dias da minha vida, só não será melhor do que hoje, que é o dia que vou me casar com ele, viver uma nova vida, com outros
POV ElenaEu estou noiva! Não acredito que isso está acontecendo comigo, esses com certeza estão sendo os melhores dias da minha vida e sinceramente eu não mudaria nada, está tudo perfeito.Semana passada o Thomas me pediu em casamento de um jeito mágico, eu me senti em um livro de ficção adolescente. De lá pra cá, nós conhecemos mais outros pontos turísticos de Nova Iorque, assistimos shows, fomos em restaurantes diferentes e principalmente trabalhamos muito, pois logo vai ter o desfile e os shows do Thomas já começaram.ALGUNS DIAS DEPOIS — DIA DO DESFILE— Lis, eu não acredito que isso tá acontecendo — falo andando de um lado pro outro muito nervosa.— Elena, fica calma pelo amor de Deus, você vai me deixar louca se continuar andando assim — ela me segura fazendo eu parar.A gente j&a
POV ThomasAcordo pela manhã sentindo o corpo da Elena colado ao meu, sua respiração calma em minha pele e ela dormindo tranquilamente com um semblante calmo e relaxado. Olho pra ela ali totalmente entregue a mim, seus cabelos meio bagunçados e penso como tudo aconteceu e como sou feliz por tudo ter acontecido. Nunca achei que fosse possível amar alguém tão intensamente como eu amo essa garota, eu sempre vou lutar pelo nosso amor, e mesmo eu já tendo estragado tudo uma vez, prometi pra mim mesmo que nunca mais faria isso.Hoje é um dia muito especial, vão acontecer coisas que só depois da Elena que eu comecei a pensar que aconteceria na minha vida. Sem mais enrolações, vou pedir a Elena em casamento, não tenho dúvidas que ela é o meu grande amor. Quero fazer isso de uma maneira muito especial, vai ser à noite, mas quero começar a prepara-la logo
POV ElenaSabe quando você acorda e não sabe quando dormiu nem onde está? Ah e toda dolorida também? Sou eu acordando dentro desse avião, mas estou indo pra Nova Iorque, então acho um pecado reclamar de alguma coisa.— Thommy — bato nele de leve pra acorda-lo, pois chegou comida e estou faminta.— Oi — ele responde com voz de sono. — Que horas são?— Em Londres ou em Nova Iorque? — pergunto sorrindo.— Nos dois.— Em Londres, meia noite e meia em Londres e em Nova Iorque são apenas sete e meia da noite — respondo comendo o lanche.— Entendi — ele diz comendo também. — Estou tão ansioso, fazem uns oito anos que vim a Nova Iorque.— Eu nunca vim, acho que a primeira vez vai ser inesquecível com você — falo.— Tenho certeza que sim — ele diz s
POV ElenaAcordo pela manhã um pouco zonza, acho que por ter dormido tarde demais. São quase meio dia e só de lembrar o que é hoje me dá um certo desanimo. Achei que no dia eu estaria pronta pra me despedir dos meus amigos, mas não estou.— Amor, acorda — chamo o Thomas que está dormindo.— Bom dia — eles responde com uma cara de sono.— Bom dia. Estamos atrasados, marcamos o almoço pra meio dia, lembra? — Digo e já levantamos pra se arrumar.Vamos almoçar todos na casa da Charlotte, pois além de nós também ela se despedirá da família. Ela vai viajar amanhã bem cedo junto com o Henri, mas o Thommy e eu vamos ainda hoje no final da tarde.Enquanto tomo banho penso em Nova Iorque, como deve ser incrível, é um sonho conhecer e vai ser ainda melhor com o Thomas ao meu lado. Me arrumo, v
Último capítulo