Capítulo 169
Mariana Bazzi
(Esse capítulo contém gatilhos)
O cheiro era insuportável. Mais simbólico do que qualquer punição que aquele maldito já tivesse provado na vida. E, ainda assim, nada do que acontecesse ali seria suficiente pra limpar o que ele fez.
Sidnei tremia, engasgado em medo, dor, humilhação e no próprio vômito.
Minha mãe recebeu o saquinho de merda de cachorro das mãos com uma luva do meu pai com a calma de uma mulher que finalmente ia saborear justiça. Soldados parados um pouco atrás, observavam com respeito, mantinham distância, em silêncio. Sabiam que não era um espetáculo, era um acerto de contas.
Safira se ajoelhou em frente a Sidnei, o encarando como quem encara um cadáver antes do enterro.
— Abre a boca desgraçado — ela disse. A voz firme, quase serena.
Sidnei balançou a cabeça, desesperado, tentando se afastar mesmo preso. Mas meu pai o segurou pela nuca e empurrou o rosto dele pra frente.
— Eu disse... abre a porra da boca, verme — re