Capítulo 103
Ezequiel Costa Júnior
O rosto daquela mulher não saía da minha mente. Imagens se misturavam e fiquei confuso, mas eu tinha certeza que já havia visto ela.
Mesmo com Mariana ao meu lado, sorrindo e tentando parecer forte, uma angústia silenciosa se instalava dentro de mim — como uma corda esticada prestes a romper. A imagem daquela mulher mexeu comigo de uma forma que eu não conseguia explicar. Eu a conhecia, disso eu tinha certeza. E não era uma lembrança vaga ou inventada por minha mente falha. Era algo real. Eu a tinha visto viva.
— Soldado, liga pro Mauro. — minha voz soou firme, mesmo com a tempestade dentro de mim. — Quero ele e a doutora Samira lá no cemitério, imediatamente.
Mariana apenas assentiu quando repeti que abriríamos o túmulo da mãe dela. Ela estava tentando ser forte, mas suas mãos tremiam ligeiramente quando entrelaçou os dedos nos meus.
Minutos depois, já estávamos na entrada do cemitério. O céu estava acinzentado, pesado, como se até o clima c