Sonho

Capítulo 145

Narrado por Aaron

A porta pesada do galpão se fechou atrás de mim com um rangido grave, abafando os gritos que vinham de dentro. Ezequiel ficou lá. Ele parecia se alimentar daquilo. Eu não era mais útil, Vlades já era. Estava quase morto.

Afastei-me rápido, sentindo a adrenalina começar a ceder lugar à dor no ombro. O curativo já estava saturado e latejava.

Foi então que ouvi a voz dela:

— Aaron! Vem aqui, preciso trocar esse curativo.

Era Luciana. Uma das empregadas da casa, sim, mas do tipo que não se deixava diminuir. Os olhos firmes, os gestos decididos. Sempre achei ela bonita, simpática até. Mas só isso.

— Não precisa, tô bem. — respondi, desviando o olhar e tentando seguir em frente.

Percebi que arrumou os seios.

— Vai andar por aí parecendo que tomou tiro ontem? — ela retrucou, com uma sobrancelha arqueada.

Suspirei, pronto pra negar de novo. Não quero nada com ela.

Mas então, como se o universo tivesse um senso de timing cruel, ela passo
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