Capítulo 167
Ezequiel Costa Júnior
A sala estava em completo silêncio. Apenas o som dos teclados sendo pressionados, o bip dos computadores e os estalos das cadeiras girando quando alguém mudava de posição. Eu observava cada tela com atenção, os olhos fixos no mapa digital onde o sinal de Sidnei aparecia intermitente.
Maicon, debruçado sobre dois monitores, tinha o cenho franzido e as pupilas dilatadas — estava concentrado demais. O tipo de concentração que, normalmente, antecede merda.
— Alguma atualização? — perguntei, seco.
— Estamos perto, acho que quase — respondeu sem me encarar. — Ele ativou algum dispositivo nos últimos trinta minutos. Talvez um celular ou rádio. O rastreamento ficou mais claro.
Antony, ao meu lado, rosnou:
— Ele é burro o suficiente pra achar que ninguém mais rastreia satélite? Como esse cara fez tanta merda até agora?
— Não estava sozinho — comentei — Ele sempre teve gente grande ao lado dele. Terei mais carniça para caçar.
Maicon ergueu um dedo no