Capítulo 188
Ezequiel Costa Júnior
Vi tudo pelas câmeras. Cada passo. Cada olhar dissimulado da Soraya. A distração idiota do soldado. E por fim, a fuga.
Iris entrou no carro. Um movimento hesitante, mas consciente. Ela sabia o que estava fazendo. Cumpriu a ordem.
O soldado? Um estorvo morto no chão, já era.
Se traiu, teve sorte de morrer com um tiro. Eu faria muito pior depois, com certeza.
— Filho da puta mole… — murmurei, já com a munição nos bolsos. Engatei a metralhadora nas costas, prendi as pistolas na cintura e desci os fundos da casa com o rádio preso ao ombro, a respiração firme.
Deixei isso com Aaron e com Sara. Essa era minha caçada e iria atrás deles. Com Iris envolvida, não existia margem pra erro.
O carro mais veloz já me esperava com o motor ligado. Avelar no volante. Olhar fixo.
— Vai. Pisa o mais fundo que o motor aguentar e vamos por um caminho paralelo. Não gosto de avisar. A chegada deve ser em grande estilo — ordenei, entrando e encaixa