Capítulo 48
Ezequiel Costa Júnior
O restaurante estava vazio como pedi. Elegante, silencioso, com a luz natural filtrada por cortinas finas e discretas. Um garçom nos recebeu na entrada com uma reverência, abrindo o salão todo para nós.
Mariana entrou com passos leves, os olhos varrendo cada canto do lugar. Seus dedos ainda entrelaçados nos meus, mas estava em alerta, desconfiada.
— Mas não tem ninguém? — perguntou, olhando ao redor com a testa levemente franzida.
— Não. Reservei o espaço todo pra gente. — A levei até a mesa central. — Me diz qual prato você quer. Não lembro do que gosta.
Ela soltou um suspiro, quase frustrada.
— Na verdade… eu queria batata e frango frito. Mas aqui não tem essas coisas, né?
Antes que eu pudesse responder, o chef apareceu pela lateral. Alto, magro, com avental escuro e olhar atento. Mariana imediatamente abaixou os olhos, o corpo se encolhendo, assim como quando viu o garçom.
— Ela quer batata frita e frango frito — repeti, com