POV Amara
A paz da manhã pesava sobre mim como um cobertor frio.
Eu estava sentada na beira da cama, os dedos entrelaçados, olhando para o chão como se as respostas que eu tanto precisava estivessem escondidas entre as frestas do piso. Meu peito parecia pequeno demais para conter tanta ansiedade.
Era o dia da consulta. O dia em que eu ouviria o coração do meu bebê pela primeira vez. Só pensar nisso fazia minhas mãos suarem.
Sabrina entrou no quarto sem bater, como sempre fazia. Trazia consigo aquela energia vibrante que contrastava com a minha inquietação.
— Você está pálida — disse ela, apoiando-se no batente da porta. — Mas vai dar tudo certo, Amara. Você não está sozinha.
Levantei os olhos para ela, e por um instante senti vontade de chorar. Porque, apesar das palavras dela, eu me sentia exatamente assim: sozinha. Um vazio latejante no fundo do estômago.
— Eu sei… — murmurei, sem convicção.
Meu celular vibrou em cima da cama. O nome que surgiu na tela fez meu coração acelerar por u