POV Amara
Na noite seguinte, Killian me levou para jantar, como havia pedido na noite de sua enxaqueca.
Não foi em qualquer lugar, mas em um restaurante que eu mesma havia escolhido incontáveis vezes no passado. Meu coração falhou uma batida ao reconhecer o ambiente. A decoração não havia mudado: madeira escura polida, iluminação suave, o aroma de vinho pairando no ar.
Ele não hesitou em pedir uma mesa reservada, afastada dos olhos curiosos. Um gesto tão típico dele… e que só aumentou a sensação de déjà vu sufocante.
Quando os pratos chegaram, a lembrança bateu mais forte: eram exatamente os mesmos que eu costumava pedir, cada detalhe igual, desde a entrada até a sobremesa. Killian fez o pedido sem sequer olhar o cardápio. Como se soubesse. Como se nunca tivesse esquecido.
Engoli em seco, mantendo o sorriso educado. Ele não sabe. Ele não pode saber.
— Parece… que você gosta daqui. — arrisquei, apenas para quebrar o silêncio carregado.
— É um bom lugar. — respondeu, evasivo, mas com aqu