POV: Amara
— Killian… — minha voz saiu num fio. O nó na garganta não me deixava continuar. — Eu não posso… eu preciso de tempo.
Afastei-me dele, o corpo inteiro em alerta. Parte de mim queria gritar que jamais permitiria, que ele não tinha esse direito. Mas outra parte, a mais silenciosa, latejava em algum canto do peito: e se… ele realmente pudesse?
A quietude depois da minha resposta pairava pesado no escritório. Killian ainda segurava minha mão, os dedos trêmulos, e eu sentia o peso daquelas palavras ecoando entre nós.
Antes que qualquer um de nós pudesse falar novamente, ele se afastou um pouco, respirando fundo.
— Preciso de café — disse ele, quase sem perceber, como se fosse a única coisa que pudesse retomar o controle.
— Agora? — perguntei, surpresa. — Mas você…
— Hora extra, infelizmente — completou, com um tom seco, afastando a preocupação. — Leo vai levá-la para casa depois.
Fiz que sim com a cabeça, mas decidi impor meus limites. — Não, eu desligo tudo e vou para casa com