— Mas... — Karina ergueu o rosto e olhou para ele. — Eu não aceito.
— Você não pode fazer isso comigo. — Ademir franziu a testa, visivelmente contrariado. — O Túlio estava doente, você também cuidou dele. Por que comigo seria diferente?
Túlio?
Karina manteve a calma, sem vontade de se explicar.
Sorriu com indiferença:
— Você tem razão. Eu não consegui aceitar a Vitória, e você não consegue aceitar o Túlio. Nós nunca deveríamos ter ficado juntos.
— Karina!
Com um gesto brusco, ele apertou o pulso dela com força, fazendo ela sentir dor. Ela franziu a testa e disse:
— Pega leve, está doendo.
— Doendo? — Ademir soltou uma risada sarcástica. — E você acha que sente mais dor do que eu?
Naquele momento, cada parte do corpo dele parecia estar prestes a se romper, como se estivesse sendo dilacerado por dentro.
Ele cerrou os dentes, tomado pela raiva:
— Você quer acabar com a minha vida?
Se, da última vez, quando o avô dele havia aceitado o divórcio, Karina não tivesse recusado ficar com ele, se