Por causa de Karina, essa foi a primeira vez que Ademir chamou o sogro daquela maneira.
— Espero que você possa proteger a Karina, que todo o perigo recaia sobre mim.
Após dizer isso, ele se ajoelhou e encostou a testa no chão em sinal de respeito.
...
Ao amanhecer.
Ademir retornou à Rua de Francisco Antônio. Ao entrar em casa, o fez com todo o cuidado, com medo de acordar Karina.
Enquanto trocava os sapatos, viu a mala colocada bem no meio da sala de estar. Seu olhar mudou imediatamente, as sobrancelhas se franziram.
Karina tinha feito suas malas... Estava o mandando embora?
Passos leves se aproximaram. Karina já estava de pé:
— Você voltou.
Quando Ademir levantou o rosto e viu a expressão dela, Karina ficou um pouco atônita. Percebeu que ele tinha entendido tudo errado, embora não estivesse completamente enganado.
Karina disse:
— Aqui dentro estão as minhas coisas.
Não eram as coisas dele? Então ela não estava o expulsando?
O semblante de Ademir relaxou e ele perguntou:
— Por que aco