Naquela noite, ninguém iria embora. Todos permaneceriam do lado de fora do quarto, em vigília.
Ficar esperando sem fazer nada não adiantava, então Ademir mandou trazer alguma comida.
— Karina, coma alguma coisa.
— Daqui a pouco. — Karina assentiu com a cabeça.
Se apoiando em Patrícia, Karina se levantou:
— Patrícia, me acompanha até o banheiro?
— Claro. — Patrícia a amparou e foram juntas.
Quando voltaram, Ademir tentava convencer Vitória:
— Coma um pouco, ok?
— Não consigo. — Vitória balançou a cabeça, os olhos vermelhos.
— Mas tem que comer alguma coisa. — Disse Ademir. — Para sua ferida cicatrizar, você precisa de nutrientes.
Enquanto falava, ele abriu um sanduíche e o estendeu para Vitória.
— Toma.
Vitória o pegou, com lágrimas nos olhos, respirou fundo duas vezes e murmurou:
— Eu realmente estou sem apetite.
— Então coma só um pouco...
Karina observava tudo com frieza. Com o apoio de Patrícia, caminhou até o banco comprido e se sentou.
Assim que a viu, Ademir se apressou para se l