— Sr. Ademir. — Patrícia se aproximou, segurando uma bacia com água, e apontou para Karina. — Dê uma lavada nas mãos dela.
— Está bem. — Ademir assentiu e segurou as mãos de Karina.
Franziu a testa, sem conseguir evitar.
As mãos dela estavam completamente cobertas de sangue...
Enquanto Patrícia segurava a bacia, Ademir mergulhou as mãos de Karina na água e começou a esfregá-las delicadamente, lavando os vestígios do sangue. Depois, secou-as com uma toalha.
Uma lágrima grossa caiu, estourando sobre o dorso da mão de Ademir.
Surpreso, ele levantou os olhos:
— Karina?
Karina também o encarava, com os olhos vermelhos, e disse:
— Por que ele me salvou? Ele nunca me considerou uma filha de verdade!
As lágrimas continuaram a escorrer quando ela acrescentou:
— Ele nunca demonstrou carinho por mim, e mesmo assim arriscou a vida por minha causa? Por quê?
Ademir apertou a mão dela:
— Talvez... Ele não deixasse de te amar por completo.
— Será? — Karina vacilou, incerta. Mas essa dúvida apenas a fe