Karina parecia só então ter enxergado direito o homem diante dela, e não conteve o riso:
— Precisou engessar o braço, é? Homem bonito é assim mesmo, até com o braço engessado continua bonito.
Ela riu com alegria.
Não... Ademir achava que ela estava, de fato, feliz!
— Você não vai perguntar se está doendo?
— É mesmo!
Karina pareceu só então perceber que, como esposa, tinha a obrigação de se preocupar com o marido.
— Então, está doendo? — Perguntou Karina com ternura. Enquanto falava, se aproximou para examinar o braço dele com cuidado. — O gesso ficou bem firme.
Ela estava genuinamente gentil, e aquele jeito atencioso dela não parecia nem um pouco falso.
Mesmo assim, Ademir sentia um desconforto apertando o peito.
Confuso, Ademir perguntou em um tom incerto:
— Você não ficou brava? Não está me culpando?
— Eu me lembro... — Karina não respondeu diretamente, apenas murmurou — Da última vez, por causa dela, você também machucou o braço.
— Karina...
— Da próxima vez, machuque outro lugar, e