Ademir a abraçou.
— Não fui eu que te rejeitei, não me atribua uma culpa que não é minha. — Karina fechou os olhos por um breve instante. — Eu achava que já tinha sido generosa o suficiente. Mesmo odiando ela, odiando profundamente, ainda assim concordei que você cuidasse dela. Mas hoje, no momento em que você pulou... Foi você quem me abandonou. Quem abandonou nosso filho.
Karina ergueu a mão e a apoiou contra o peito dele, se afastando:
— Eu já enxerguei seu coração com clareza. Como é que você ainda não entendeu?
— Eu não fiz isso! — Ademir segurou a mão dela e a pressionou contra o peito. — Aqui dentro... Só tem você. Você e nosso filho...
Karina soltou uma risada fria:
— Se tivesse dito isso hoje de manhã, talvez eu acreditasse. Mas agora... Me desculpa, não consigo mais mentir para mim mesma...
Com um leve movimento, ela o empurrou com mais força e o fez cair no sofá.
O braço de Ademir ainda estava engessado, o que de fato dificultava seus movimentos.
Aproveitando a situação, Kar