Capítulo 737
— Não pode... — Ademir não concordou.

— Tudo bem. — Mas Vitória, por outro lado, concordou.

— Vitória? — Ademir franziu a testa e balançou a cabeça. — Ele é perigoso demais, você não faz ideia do que ele pode fazer.

— E o que mais a gente pode fazer? — Vitória balançou a cabeça, resignada. — Você mesmo disse, ele só quer dinheiro.

— Mas...

— Não tem “mas”. — A expressão de Vitória era firme, embora os olhos estivessem levemente marejados. — Ademir, minha mãe está com ele. É a minha mãe, a mulher que me deu a vida, que me criou. Mesmo que seja perigoso, eu preciso ir.

Neste mundo, a piedade filial era algo sagrado.

Ademir não teve como rebater. Pegou a mala das mãos de Júlio e a entregou para ela.

Ele advertiu:

— Não chegue muito perto. Se perceber que tem algo errado, corra de volta na mesma hora.

— Tá bom. — Vitória esboçou um leve sorriso.

A preocupação de Ademir com Vitória a comoveu profundamente. Ela se sentiu tocada e ao mesmo tempo grata.

Ela pegou a mala. Ademir então perguntou
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