Ademir ficou paralisado ao ouvir aquilo.
— A varanda da sala de descanso?
Karina estava falando das borboletas que ficavam na varanda?
— Karina. — Ademir ficou aflito, apertando a mão dela. — Se você não gosta, eu vou mandar tirarem agora mesmo...
— Tirar? — Finalmente, Karina levantou os olhos para encará-lo, com um leve sorriso irônico nos lábios. — Vai mandar para o hospital? Como fez com aquelas da Mansão da família Barbosa?
Os conflitos entre eles não desapareciam só porque não eram mencionados.
Eram como minas enterradas na terra: bastava pisar, e explodiam.
— Karina... — Ademir abriu a boca, mas não sabia o que dizer.
— Por que está tão nervoso? — Karina sorriu. — Eu só disse a verdade.
De repente, Karina mudou de assunto e perguntou:
— Você já pensou que talvez quem devesse se mudar... Sou eu?
— Karina! — O tom de Ademir se tornou sério num instante. — Não diga besteira! Você está chateada por causa do que aconteceu ontem à noite? Você estava lá, viu com seus próprios olhos...