A porta do quarto VIP estava escancarada.
Médicos e enfermeiros entravam e saíam com frequência, enquanto Eunice e Vitória haviam sido convidadas a se retirar.
A porta se fechou. Lá dentro, tentavam salvar uma vida.
— Ademir! — Assim que viu Ademir, Vitória começou a chorar.
Ademir lhe deu um leve tapinha no ombro, tentando acalmá-la:
— Os médicos já estão cuidando dele.
— Mas eu estou com tanto medo... — Vitória virou o rosto e se encolheu contra o peito dele. — Tenho medo de que meu pai nunca mais acorde...
Sem tempo para confortá-la, Ademir ergueu a cabeça de repente e olhou para Karina. Quis afastar Vitória, mas, ao erguer a mão, simplesmente não teve coragem de fazê-lo.
Karina viu tudo. Já estava acostumada e desviou o olhar com indiferença.
— Karina! — De repente, Eunice a avistou.
Foi direto até ela.
Eunice agarrou com força a mão de Karina:
— O que você quer para salvar seu pai? Dinheiro? Quanto? Diga o valor, se pudermos pagar, faremos qualquer coisa!